Páginas

Fans do Blog

Pesquise neste blog...

Horas por favor...

terça-feira, 7 de junho de 2011

Chicago

Oi povo aqui é o ricks e e hoje eu decidi escrever sobre um filme de epoca nada mais nada menos que Chicago


Recordista absoluto de indicações para o Oscar 2003, o musical Chicago (idem, de Rob Marshall, 2002) é fruto do sucesso de Moulin Rouge - Amor em vermelho (Moulin Rouge, de Baz Luhrmann, 2001). O filme estrelado por Nicole Kidman e Ewan McGregor ressucitou o interesse pelos musicais, gênero deixado de lado pelo grande público nas últimas décadas.

Assim como seu antecessor, Chicago é uma adaptação de um musical homônimo de grande sucesso na Broadway. A peça foi adaptada para o cinema por Bill Condon (Deuses e Monstros) e marca a estréia de Rob Marshall na direção de um longa-metragem. Oriundo do teatro, Marshall é um coreógrafo veterano que já participou de grandes produções novaiorquinas, como Victor ou Victoria, Cinderella, O beijo da Mulher-Aranha e tantas outras.

Em Chicago, Marshall também assina as coreografias que, ao lado dos figurinos de Coleen Atwood e da direção de arte de John Myhre, são o ponto alto do filme. Vale destacar também as participações de John Kander (música) e Fred Ebb (letras), que participaram da criação da peça original, em 1975, junto com o coreógrafo Bob Fosse.

Na história, Roxie Hart (Renée Zellweger) é uma artista que almeja a fama. Para alcançá-la, ela não mede esforços, mesmo que isso signifique trair seu marido (John C. Reilly) com um sujeito que pode apresentá-la a um amigo do amigo de um suposto produtor famoso. Porém, desiludida, Roxie acaba envolvida em um crime e vai para a prisão. O tipo de publicidade que o dinheiro não pode comprar, segundo afirma outra das detentas do local.

Na cadeia, Roxie conhece Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones), artista de fama crescente, que assassinou irmã e marido depois de um flagrante de infidelidade. Em sua defesa, Velma conta com o mulherengo e narcisista Billy Flynn (Richard Gere), um advogado especializado em transformar julgamentos de belas mulheres em circos de mídia. Com a ajuda de Mama Morton (Queen Latifah), a corrupta diretora da prisão, Roxie consegue chamar a atenção de Flinn, que concorda em defendê-la em troca de honorários exorbitantes. Da noite para o dia, Roxie torna-se uma estrela encarcerada com toda a atenção da imprensa... para o desgosto de Velma.

No filme, o diretor alterna cenas da vida na prisão com a percepção dos fatos como eles acontecem aos olhos de Roxie Hart. Na cabeça da aspirante a artista, tudo é transformado em um número musical e cada um dos protagonistas canta e dança seus problemas. Nessa realidade, um julgamento vira um número de sapateado, negociações se tornam um tango e a vida, um jazz.

Apesar da boa premissa, das premiações e das indicações do trio de protagonistas ao Oscar, o filme peca pelo excesso de números musicais, que tiram o andamento da história para ceder espaço ao ritmo do jazz. Confesso que achei insuportáveis certas passagens, cujas letras não agregam nenhuma informação ao roteiro, bem como a atuação do canastrão Richard Gere. Já Zellweger canta com voz anasalada, só faz caretas, dubla as músicas fora de sincronia e não consegue ser sexy, coisa que Zeta-Jones não precisa nem se esforçar para conseguir.

Enfim, enquanto Moulin Rouge reinventou um estilo e abriu caminho para outras produções do gênero, Chicago apenas ecoa o passado, cuja falta de renovação acabou por deixar os musicais longe das telas por décadas.

3 ***

Nenhum comentário:

Postar um comentário